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LIVROS

A colaboração de escritoras para estudos e reflexões sobre a ditadura civil-militar e o recorte de gênero na repressão.   

Âncora 1

A Torre: O cotidiano de mulheres encarceradas pela ditadura
por Luiza Villaméa

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O filme Uma lição de resistência, solidariedade e amor à vida que um grupo de presas políticas foi capaz de produzir em reação à violência da ditadura.
A partir de 1969, uma torre centenária - encravada no Presídio Tiradentes - foi o destino de dezenas de mulheres enclausuradas por motivação política durante a ditadura militar no Brasil.
Em A Torre, a jornalista Luiza Villaméa apresenta um panorama de quem eram essas presas políticas e de como sobreviveram às terríveis condições que lhes foram impostas, mostrando como elas se organizavam no dia a dia, como se relacionavam entre si, com agentes da repressão e com pessoas do lado de fora - além de expor uma rotina que se contrapunha firmemente à brutalidade da situação.
Numa prosa sensível à inteligência e à singularidade de cada uma das presas, a autora reconstitui o esforço dessas mulheres para criar um ambiente solidário e criativo que resistia, em tudo, à violência a que foram submetidas por um regime autoritário, composto basicamente por homens.

Âncora 1

Outros Cantos 
por Maria Valéria Rezende

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As esperanças levadas por mim naquela primeira viagem eram muito maiores e mais curtas do que as de agora, cujo sopro me fez embarcar neste ônibus.

Para falar de esperanças me chamaram de novo ao sertão e vou pensando que as minhas mudaram e se tornaram muito mais modestas e pacientes do que antes, talvez envelhecidas como eu. Começaram a mudar naquele dia, quando, pela primeira vez, me meti nesta paisagem áspera e espinhosa."

Numa travessia de ônibus através da noite, Maria, uma mulher que dedicou sua vida à educação de base, entrelaça passado e presente para recompor uma longa jornada de dificuldades, mas também de aprendizagens e amizades que nem mesmo a distância do tempo pode romper. Numa narrativa fluida, conhecemos personagens cativantes, do México à Argélia, da França ao sertão mais profundo do Brasil. Outros cantos é um romance magistral, sobre as viagens movidas a sonhos.

Âncora 1

As mulheres como operárias da violência no contexto da ditadura civil-militar brasileira 
por Lívia do Amaral e Silva Linck

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O presente trabalho tem o intuito de evidenciar, a partir da análise dos papéis de gênero frente a uma sociedade machista e patriarcal, o papel das mulheres como operarias da violência, principalmente diante do autoritarismo imposto pela Ditadura Civil-Militar brasileira (1964-1985), distanciando-se da perspectiva do gênero masculino - como é costumeiro de se vislumbrar e de se estudar – como único operário da violência no âmbito da Ditadura Civil-Militar brasileira.

Nesse interim, pretende-se demonstrar que as mulheres também tiveram papel ativo à época da Ditadura Civil-Militar brasileira, fossem elas perpetradoras, facilitadoras e/ou espectadoras da violência.

Nesse viés, elas vieram para demonstrar a importância do gênero feminino perante os mecanismos de violência, como, por exemplo, a propagação de torturas e de assassinatos a partir da conjuntura histórica, política e social da época.

Âncora 1

O Corpo Interminável
por Cláudia Lage

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Em busca de suas origens, Daniel tenta reconstruir a história da mãe, uma guerrilheira desaparecida na ditadura civil-militar no Brasil.

As tentativas de reconstruir a sua história pessoal junto à história do seu país e os fios de memória rompidos moldam a narrativa.

Ao buscar a história da mãe, surgem outras histórias, ou outras possibilidades de histórias, também desaparecidas, de tantas mulheres.

Claudia Lage fez um livro sobre a ausência e sobre a escrita, essa (im) possibilidade de se reinventar e se refazer por meio das palavras.

Âncora 1

Heroínas desta História
Orgs - Carla Borges e Tatiana Merlino

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Este livro dá voz a mulheres silenciadas há muitos anos. Mulheres que fazem parte da história brasileira, mas cujas trajetórias permanecem tão pouço conhecidas quanto o período no qual seus caminhos, embora distintos, se cruzam: a ditadura civil-militar.

Se ainda resta muito a esclarecer sobre as violências cometidas pelo Estado brasileiro * durante o regime militar, muito mais falta revelar sobre as mulheres que estavam ao lado daqueles que tombaram. São mães, irmás e esposas de pessoas que se posicionaram contra o autoritarismo de diferentes maneiras e que por isso foram perseguidas, torturadas e assassinadas.

Mulheres que não se calaram, nem durante a ditadura nem em tempos ditos democráticos.

Âncora 1

Arquivos, democracia e ditadura
Orgs - Inez Stampa, San Romanelli Assumpção, Cristina Buarque de Hollanda

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Esquecer, recusar-se a lembrar, reinventar o passado para eliminar o fato de que houve violações graves dos direitos humanos são tendências perigosas em tempos perigosos.

Felizmente, a doença nacional que se instalou nos cantos mais distantes do país não diminuiu a vontade de outros de se lembrar, de documentar, de contar. É isso que torna este livro tão incrivelmente importante nesta encruzilhada crucial, em que o futuro parece tão nebuloso.

O Centro de Referência Memórias Reveladas tem sido um instrumento fundamental para lembrar o passado recente do Brasil, que muitos querem apagar ou esquecer.

Como as organizadoras da obra argumentam corretamente, o esforço para coletar, preservar, disseminar e interpretar os documentos da ditadura é uma maneira de afirmar

a democracia, ou seja, o oposto do regime que dominou o país por 21 anos.” - Do prefácio de James Green.

Âncora 1

Do hábito à resistência: freiras em tempos de ditadura militar no Brasil
por Caroline Cubas

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Este é um trabalho sobre freiras em tempos de ditadura militar. Por mais que apresente desdobramentos, relações e possibilidades, todos estes elementos voltam-se aqui ao exercício de compreensão da vida religiosa feminina ativa em um período de transformações culturais, institucionais e, especialmente, de embates político-sociais.

O título, “Do hábito à resistência: freiras em tempos de ditadura militar no Brasil”, anuncia as principais proposições. Não é nossa intenção opor o hábito ao ato de resistir, mas, ao contrário, apresentar imbricações. A referência ao hábito sugere tanto aquele construído durante o processo de formação religiosa, as práticas, costumes ou o "jeito de freira" , parafraseando Miriam Pillar Grossi;' quanto às vestes religiosas, que durante séculos foram obrigatoriamente utilizadas por aquelas que se dedicavam à vida institucionalmente atrelada à religião católica. Ambos os hábitos foram submetidos a transformações e ressignificações, especialmente a partir do início da década de 1960, com a realização do Concílio Vaticano II (CVII). Os documentos publicados a partir das reuniões conciliares propunham mudanças, dentre as quais citamos justamente a possibilidade de abandono gradual do hábito religioso como forma de promover uma maior aproximação entre religiosos, religiosas e fiéis.

Âncora 1

Mulheres contra a ditadura
por Eurídice Figueiredo

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A ditadura deixou um campo minado no Brasil e as bombas continuam explodindo, sob as mais variadas formas. A repressão de ontem reverbera até os dias de hoje. Escrever é um ato de resistência e a força da escrita poética reside no seu caráter transgressivo. Às vezes, é preciso chocar para abalar os alicerces da inércia do conservadorismo. Ao escrever sobre a ditadura, nós testemunhamos em nome dos mortos, fantasmas com os quais conversamos, visando a falar para os mais jovens, as crianças ou os nem nascidos. Para que eles conheçam a nossa história. Receber e transmitir as vozes que não puderam falar imediatamente, pela dificuldade de se expor, ou as vozes das novas gerações, que se posicionam nessa corrente de mulheres combativas, este é um gesto de hospitalidade.

Âncora 1

Torre das guerreiras
por Ana Maria Ramos Estevão

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1970, São Paulo, Presídio Tiradentes: na ala dos presos políticos, as mulheres eram encarceradas num prédio alto, conhecido como a Torre das Donzelas. Foi lá que Ana Maria Ramos Estevão, estudante de Serviço Social envolvida com o movimento estudantil e a organização Ação Libertadora Nacional (ALN), passou nove meses de sua vida. Semanas antes, havia sido capturada pelos órgãos de repressão da ditadura brasileira, passando por torturas e interrogatórios. Ao longo de sua trajetória como militante, conheceu tanto os agentes do regime, como o delegado Sérgio Paranhos Fleury e o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, quanto seus oponentes, como Paulo Freire, que se tornaria referência mundial em educação, e Dilma Rousseff, presidenta do Brasil três décadas depois. Este livro reúne as memórias de uma mulher que subverteu a delicadeza das "donzelas", vivendo como guerreira num dos períodos mais sombrios da História do Brasil.

Âncora 1

Não há um dia após o outro sem uma noite no meio

por Irmã Helena Soares Melo

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A existência de Irmã Helena Soares Melo sempre foi pautada no espírito de doação à causa do Reino de Deus, arriscando a sua própria vida, como poderemos conhecer ao longo de sua história autobiografia retratada neste livro.

Este livro objetiva tornar conhecida a história de uma mulher que, desde muito cedo, aprendeu a amar e confiar em Nossa Senhora em todos os momentos. Sentiu o apelo de Deus para se consagrar ao seu Reino como Missionária de Jesus Crucificado, rompendo todos os obstáculos do caminho. Esta sua consagração ao Reino de Deus foi provada principalmente no período mais crítico da história de nosso país, o da Ditadura Militar, pois não temeu as perseguições, enfrentou as calúnias, fazendo um trabalho de evangelização e conscientização política dos jovens no norte de Goiás e no sul do Pará, bem como enfrentando pistoleiros e policiais na defesa dos posseiros que lutavam para permanecer em suas terras. Por causa deste trabalho acabou sendo presa, torturada e caluniada, juntamente com a Irmã Hélder Suarez Bedendo e o Padre Piter Me Carthy.A sua narrativa desta experiência traumática faz parte das

"marcas da memória" que o Projeto de Anistia veio retomar. Trata-se do direito à memória.

O relato dessas experiências dolorosas também é uma forma de expressar a vitória sobre a dor e o trauma.

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